Banheiro e vestiário: um direito das pessoas trans

Foto: reprodução/www.fflch.usp.br

 
Você já imaginou o que é ter medo de usar um banheiro em espaços públicos? E o uso de vestiário? Pessoas trans, diariamente, têm seu acesso restrito a esses lugares que parecem de uso tão simples para as necessidades mais fundamentais. Sofrem olhares de repreensão e de julgamento, têm seu direito de uso contestado por pessoas cisgênero, são expulsas e até agredidas. Você já se imaginou nesta situação?

O fato é que é um direito das pessoas trans usarem banheiros e vestiários com o gênero com o qual se identificam, direito regulamentado por resoluções, tais como a Resolução 12 de janeiro de 2015, do Poder Executivo

A violência que limita o acesso a banheiros e vestiários está no estigma marcado nas corpas transvestigêneres. É na circulação de crenças como a de que travestis e mulheres trans podem ser uma ameaça a mulheres cis em que a segregação é reforçada. Porém, é sabido que a maior parte das agressões e estupros sofridos pela população feminina acontece dentro de ambientes domésticos, praticados por pessoas próximas, como parceiros e familiares. Logo, há uma inversão do lugar da vítima. Em quem realmente está a ameaça?

Um dos pilares que sustenta nossa sociedade é o da cisnormatividade, um conjunto de normas e regras que divide o mundo entre “masculino” e “feminino” a partir da observação de um pênis ou de uma vagina no nascimento. Mas, pessoas trans são justamente aquelas que vão além e se permitem construir seus corpos e suas vivências a partir de outros referenciais e outras formas de entender sua identidade de gênero, não necessariamente baseada na genitália. E por isso são discriminadas e alvos de inúmeras violências.

Você pode colaborar para que isso não aconteça! Seja aliade e contribua para um mundo mais justo. Acompanhe pessoas trans em banheiros ou vestiários para tentar tornar essa experiência menos arriscada e desconfortável. Escute, acolha, denuncie!